Testemunhos

 

Nanci Carvalho                                                                                          

 Todas as histórias começam com o “Era uma vez”. No meu caso, começo com “Um dia”, porque foi num dia que decidi premir o pause à minha vida em Portugal, durante dois meses, e ir até  Hyderabad, na Índia, realizar um estágio de voluntariado. Este estágio, tendo por base os seis valores da AIESEC, teve sempre como por objectivo principal, que eu deixasse uma marca positiva na sociedade. Se o consegui? Durante dois meses estive no projeto Footprints, no âmbito do direito das crianças. Desta forma, ingressei numa instituição com crianças órfãs e semi-orfãs. No final, verificaram-se mudanças muito positivas nas crianças, associadas, por parte dos resposáveis, ao nosso trabalho. Portanto, sim, penso que consegui deixar a minha marca em Hyderabad. Esta foi, sem dúvida, a experiência da minha vida e foi ela que me mostrou que a expressão “if you can dream, you can do it” é real e aplicada.

 

Inês Carvalho

O meu estágio fazia parte do projecto FootPrints desenvolvido pela AIESEC Hyderabad, Índia.  Este projecto pretende desenvolver o potencial de crianças desfavorecidas que não tiveram em parte da sua vida direito a educação, e actualmente não usufruem dos mesmos meios que outras crianças, para desenvolver o seu potencial. Este estágio foi desenvolvido numa ONG, Grace Social & Educational Society, e tinha como objetivo geral desenvolver o potencial das crianças. Os resultados desta experiencia são muito positivos. Vimos alcançados os nossos objectivos nas mais diversas premissas do estudo, que se revelaram a médio prazo surpreendentes, nesse sentido,sinto-me realizada, e que contribui da melhor maneira para uma mudança positiva na vida destas crianças. A minha experiencia na Índia foi sem dúvida inesquecível, não só pelo trabalho que desenvolvi com estas crianças, mas também por todas as pessoas que conheci vindas de todo o mundo. É sem dúvida uma experiencia a repetir.

 

 

Nuno Oliveira

A minha experiência foi absolutamente maravilhosa! Encontrei um país onde me consegui integrar na perfeição, acultura não foi um obstáculo para mim, eles chegaram mesmo a dizer que eu era brasileiro de corpo e alma e que apenas tinha nascido do lado errado do Atlântico. Como em tudo na vida existem bons e maus momentos e dois desses maus momentos foi quando fiquei doente e quando me apercebi da realidade da ONG e que seria impossível conduzir o meu trabalho conforme a descrição. Depois tudo isso mudou porque também encarei o problema de frente e tomei a atitude de contribuir e ajudar a Adasfa, do  jeito que fosse. Para além disso fiz um outro projeto, dei aulas sobre sustentabilidade e sobre a cultura portuguesa, em destaque para o Porto, de forma a realizar uma feira das nações no Colégio Jardins. Foi uma experiència maravilhosa em grande parte devido ao entusiasmo e á curiosidade tanto dos alunos como dos professores que nos receberam de abraços abertos e dedicados a nos ajudar no que fosse necessário. Os pastéis de Belém/Nata que fiz, fizeram um sucesso enorme por lá, adoraram e comeram tudo num "abrir e fechar de olhos". Fiz, também, a tradicional bebida dos estudantes do Porto, a receita,  que também fez muito sucesso. Os fins-de-semana em viagens e partilhados com todos eles, tanto com os trainees como os membros!

 

Tomás Lickfold

Perto do fim de 2011, um amigo meu da Universidade Nova de Lisboa disse que a AIESEC oferecia estágios profissionais internacionais. Como não queria “fazer nada” no Verão deste ano, decidi ver o que podia fazer. Fui, então, para Bangalore na Índia, onde trabalhei com a SCEAD Foundation. Nesta fundação trabalhei em 3 escolas diferentes, ensinando General Knowledge e fazendo vários projectos em conjunto com outros voluntários.A organização trabalha muito proximamente com uma escola privada (Bangalore International Academy; BIA), onde apresenta grande parte dos seus projectos, fazendo um em cada mês. Os projectos em que participei tratavam de temas como sobrepopulação e guerras.Nas semanas que lá fiquei também tive oportunidade de visitar uma outra cidade, Mysore, e conhecer pessoas de todos os continentes. Esta experiência foi definitivamente a mais marcante da minha vida. Em geral, as condições das escolas, ruas, casas, etc, eram chocantes, mas as pessoas, especialmente as crianças, eram simpáticas. Mas no final, tudo valeu a pena.

 

 

Daniela Andrade 

Chamo-me Daniela Andrade  e tomei o passo de fazer um estágio porque queria fazer algo neste Verão com significado. Viajar para um sítio completamente  diferente do meu país e aprender sobre culturas diferentes pareceram-me boas vantagens  que  um estágio internacional oferecia. A Índia foi a escolha perfeita porque é um país que realmente necessita de muita ajuda e porque para além disso tem uma cultura extremamente rica e sítios maravilhosos para conhecer. Durante o período de procura de estágios considero que a minha EP manager poderia ter feito um melhor trabalho. No entanto, depois de encontrar um estágio que me interessava fui bem encaminhada pelo Team Leader e pela Vice-Presidente da  área de Outgoing Exchange no que trata a disponibilidade para responderem às minhas perguntas e dúvidas quanto ao contrato ou a outro assunto. O projecto em que trabalhei consistia em proporcionar um encontro de culturas e partilha de conhecimento a jovens e crianças de Kolkata. Assim, os estagiários foram agrupados por nacionalidades e a cada uma dessas nacionalidades seria atribuída uma escola da cidade. Durante o período de preparação, os estagiários teriam que ensinar uma canção na sua língua materna, uma dança tradicional do seu país, uma receita da gastronomia do seu país e encenar uma peça sobre um assunto relativo à história  ou cultura do seu país. O evento teria cinco dias de apresentações de danças tradicionais dos países dos estagiários, músicas, exposições, debates e peças de teatro. Essas apresentações seriam avaliadas e as duas melhores de cada receberiam um prémio. Durante a minha estadia senti o apoio e interesse do comité que me enviou e isso ajudoume a superar alguns momentos mais difíceis. A nível pessoal cresci imenso. Sinto que o facto de ter convivido com pessoas de culturas tão diferentes afectou o modo como vejo as coisas. Sempre fui muito fechada e foi essa uma das razões por que quis fazer este estágio, colocar-me fora da minha zona de conforto e ir para um país tão diferente e assustador como a Índia.  Um dos momentos mais marcantes foi no último dia em que lá estive. Depois de voltar da minha viagem pelo norte da Índia estive na escola onde trabalhei para ir buscar as minhas malas e uma das raparigas internas escreveu-me uma carta. Nunca as vou esquecer e ainda  mantenho contacto com algumas pela internet. Foi também óptima a possibilidade de viajar e conhecer o país incrível que é a Índia. Passei por bastantes obstáculos por vezes, mas isso tornou-me mais forte e o facto de eles existirem tornou o grupo de estagiários mais unido. Apesar de tudo, recomendaria este estágio a toda a gente que me perguntasse se vale a  pena. Tudo valeu a pena, os dias de saudade, de nojo, de calor insuportável, de chuva e  de imagens perturbadoras, porque foi uma viagem que me fez conhecer um mundo que não conhecia. Foi com esta viagem que conheci lugares incríveis, que convivi com pessoas fantásticas com histórias ainda mais fantásticas para contar. E agora também eu tenho histórias, amizades e experiências. Há uma grande probabilidade de repetir a experiência e recorreria outra vez à AIESEC para o fazer.